Havana, 14 de julho (RHC).- A China acusou os EUA de tentarem destruir o acordo nuclear assinado em 14 de julho de 2015 pelo Irã, a Alemanha e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.
Hua Chunying, porta-voz do ministério das Relações Exteriores, reiterou o apoio ao documento, intitulado Plano Integral de Ação Conjunta, do qual o governo norte-americano se afastou há dois anos.
Chunying afirmou que o pacto foi uma vitória da diplomacia e do multilateralismo, e denunciou que Washington pressiona os demais signatários para dificultar sua implementação, elevando as tensões em torno do litígio que envolve o programa nuclear iraniano.
Nesta terça-feira, as autoridades chinesas solicitaram aos EUA que deixem de vender armas a Taiwan, para evitar prejudicar mais ainda as relações bilaterais e a paz e estabilidade nessa zona, e anunciaram sanções à companhia norte-americana fabricante de armamentos Lockheed Martin, contratista principal para o fornecimento de mísseis terra-ar Patriot nessa operação.
“Para salvaguardar os interesses do país, a China decidiu tomar as medidas necessárias”, informou a Chancelaria.
Por sua vez, a embaixada chinesa em Washington pediu ao governo norte-americano cessar suas tentativas de “perturbar e sabotar a paz e a estabilidade na região”, referindo-se a declarações do secretário de Estado, Mike Pompeo, que considerou ilegais as demandas da nação asiática sobre os recursos no mar da China Meridional. Disse que Pompeo exagera a situação e tenta promover a discórdia entre os países dessa área.