Havana, 2 de outubro (RHC).- O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que deu positivo no teste para Covid-19, e também a Primeira Dama Melania. No Twitter, disse que ambos entraram na quarentena e iniciaram o processo de recuperação.
Trump, 74 anos, tem sido muito criticado por minimizar a pandemia e desprezar as medidas de contenção do Sars-Cov2, entre elas o uso de máscaras e o distanciamento social.
A notícia gera incertezas quanto à realização dos dois debates que restam com o candidato presidencial democrata Joe Biden antes das eleições de três de novembro. O primeiro foi considerado caótico pela mídia e especialistas na matéria. Para eles, foi o pior da história moderna dos EUA.
As bolsas de valores dos EUA, Europa e outras nações sofreram uma queda com o anúncio, inclusos índices como o Dow Jones e o Nasdaq, tendo em vista o impacto que poderia ter na disputa de votos. Enquete da CNBC realizada após o debate mostrou Biden com 13 pontos de vantagem sobre o atual mandatário: 54% a 41% de preferência.
Nesse contexto, as companhias farmacêuticas Pfizer e Moderna desmentiram afirmações de Trump em torno de que estariam perto de obter uma vacina contra a Covid-19. Esse é uma das bandeiras arvoradas pelo presidente dos EUA na tentativa de se reeleger.
Albert Bourla, diretor executivo da Pfizer, afirmou que a companhia não vai ceder ante pressões políticas e lamentou que o assunto fosse politizado no debate dos candidatos.
“A única pressão que sentimos, e que pesa muito, são os bilhões de pessoas, milhões de empresas e centenas de funcionários governamentais que dependem de nós”, apontou, e garantiu que a Pfizer se move na velocidade da ciência.
Advertiu que após validar a efetividade ou não da vacina antiCovid-19, esta deve ser aprovada pela Administração de Medicamentos e Alimentos antes de ser utilizada nos EUA.
Por sua vez, Stephane Bancel, diretor executivo da Moderna, anunciou que a vacina da companhia que está na fase de ensaios clínicos em humanos não estaria pronta para sua distribuição pública antes dos primeiros meses de 2021.
Em declarações ao “The Financial Times”, sublinhou que a companhia não buscaria uma autorização de emergência para imunizar os profissionais de saúde na primeira linha e outras pessoas em risco antes de 25 de novembro.