Havana, 11 de janeiro (RHC).- O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, acusou os países ricos de praticarem o “nacionalismo de vacinas” na disputa dos lotes disponíveis para imunizar contra a Covid-19. Disse que nessa luta pela compra do produto são desconsideradas as necessidades das nações menos desenvolvidas.
A pandemia tornou evidente as “graves lacunas na cooperação e na solidariedade”, indicou ao falar sobre o aniversário 75 da primeira reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Disse que a crise sanitária global teve um “impacto desproporcionado e terrível nos pobres e carentes, nos idosos e nas crianças, nas pessoas portadoras de deficiência e nas minorias de todo tipo”.
A pandemia “empurrou 88 milhões de pessoas à pobreza e colocou mais de 270 milhões em risco de insegurança alimentar aguda. A interrupção da educação afetará milhões de crianças ao logo de toda sua vida”, apontou o secretário-geral da ONU, e sublinhou o aumento da violência doméstica sobre as mulheres e o recuo no que tinha se avançado quanto à igualdade de gênero.