Condenação de Cristina Kirchner causa desconcerto e indignação

Editado por Irene Fait
2022-12-07 10:17:21

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Buenos Aires, 07 dezembro (RHC).- A indignação e o desconcerto predominam na quarta-feira nas organizações sociais, políticas e sindicais da Argentina, que estão denunciando os intentos de banir e encarcerar a vice-presidente Cristina Kirchner.

O Tribunal Oral Federal condenou na terça-feira a seis anos de cadeia e inabilitação perpétua para exercer cargos públicos a também presidente do Senado por suposta administração fraudulenta em prejuízo da gestão pública.

O veredicto corresponde à chamada Causa Validad por supostas irregularidades na adjudicação de 51 obras na província de Santa Cruz, de 2003 a 2015. Cristina Kirchner rejeitou e desmentiu as acusações durante três anos de audiências.

A vice-presidente denunciou a existência de um Estado paralelo, uma máfia e um partido judicial que a processaram por delitos que não cometeu.

Ademais, ressaltou que sua inabilitação é a verdadeira condenação que buscavam os juízes, promotores, empresários e políticos contrários ao peronismo.

As Mães e as Avós da Praça de Maio, os Familiares de Desaparecidos e Detidos por Motivos Políticos, Filhos Capital, a Assembleia Permanente pelos Direitos Humanos, a Associação Boa Memória e a Fundação Memória Histórica e Social, entre outras organizações, externaram seu apoio a Cristina Kirchner e repudiaram a sentença.

O Tribunal divulgará os fundamentos da sentença em 09 de março de 2023. Depois disso, a defesa e a promotoria terão dez dias para apelar perante a Câmara Federal de Cassação Penal.

O processo poderá tardar meses nessa instância. Ao esgotar essa etapa, se pode recorrer à Suprema Corte que não tem prazo para decidir.

Segundo a agência de notícias Telam, a sentença será firme quando essa Corte se pronunciar e se naquele momento algum dos condenados tiver foro para exercer um cargo eletivo, será necessário um julgamento político para ordenar sua detenção.

Igualmente, existe a possibilidade de ir a tribunais internacionais, como a Corte Interamericana de Direitos Humanos.

 

 



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