Pequim, 14 abril (RHC).- Os presidentes Xi jinping e Luiz Inácio Lula da Silva decidiram desenvolver laços mais estreitos entre a China e o Brasil e aproveitar as oportunidades existentes para estender a cooperação a mais setores.
Comunicado oficial precisou que durante o encontro de sexta-feira, ambos ressaltaram o potencial de seus países para empreender projetos favoráveis ao seu desenvolvimento e enfrentar juntos os desafios do mundo atual.
O chefe de Estado chinês propôs manter contatos estratégicos regulares, conjugar os respectivos planos de modernização e partilhas as experiências que melhor sirvam uns aos outros.
Deu as boas-vindas a mais produtos brasileiros e projetos de cooperação nas áreas de agricultura, energia, infraestrutura, espaço e aviação, entre outras.
E ratificou o apoio à integração da América Latina e o Caribe, prometeu trabalhar com o Brasil para que o fórum China-Celac seja mais exitoso, e também consolidar as relações de Pequim com Mercosul e Unasul.
Lula, por sua vez, propôs aumentar os investimentos chineses em transformação digital e crescimento verde, após considerar igualmente importante a cooperação em educação e cultura.
Apelou a aproveitar plataformas como a ONU, o G20 e o grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para defender o multilateralismo, a justiça e a igualdade global.
A partir desses cenários, comentou Lula, as duas potências também podem contribuir para promover soluções a problemas como as mudanças climáticas e um desenvolvimento mais equilibrado.
“Contamos com a China em nossa luta pela preservação do planeta Terra, defendendo uma política climática mais saudável, onde as pessoas possam respirar um ar mais puro e beber água mais limpa”, disse.
Lula e Xi discutiram o conflito Rússia-Ucrânia, concordaram na necessidade de priorizar o diálogo e a negociação e consideraram vital que mais países contribuíssem de forma construtiva para encontrar uma solução.
Os presidentes emitiram declaração conjunta no encerramento do encontro e presenciaram a assinatura de 15 acordos. (Fonte: PL)