Cidade do Vaticano, 23 junho (RHC).- O papa Francisco recebeu sexta-feira em audiência na Capela Sistina 2
00 artistas que participaram do 50º aniversário da inauguração da Coleção de Arte Moderna dos Museus Vaticanos e pediu aos presentes que enfrentassem a colonização ideológica midiática.
Em suas palavras endereçadas a pintores, escultores, arquitetos, escritores, músicos, diretores e atores de mais de 30 países, o Sumo Pontífice afirmou: “precisamos de que o princípio da harmonia habite mais em nosso mundo, expulsemos a uniformidade”.
“Vocês, os artistas, podem nos ajudar a criar espaço para o espírito” cuja obra, segundo disse, é criar a harmonia das diferenças, não destruí-las, não padronizá-las, mas sim harmonizá-las, assim compreenderemos o que é a beleza.
“Estamos em tempos de colonização ideológica midiática e de conflitos lacerantes; uma globalização homogeneizadora coexiste com muitos localismos fechados. Este é o perigo de nosso tempo” alertou o Santo Padre.
“Quando o talento existe, você tira de dentro o inédito, enriquece o mundo com uma nova realidade”, meditou.
“Como videntes, sentinelas, consciências críticas, sinto vocês aliados de tantas coisas próximas do meu coração, como a defesa da vida humana, a justiça social, o cuidado de nossa casa comum, sentindo-nos, todos, irmãos”, expressou o papa Francisco.
Entre os presentes no encontro, promovido pelo Dicastério de Cultura e Educação do Vaticano, estavam o diretor de cinema britânico, Ken Loach. o romancista italiano, Alessandro Baricco, o arquiteto francês, Jean Nouvel, o músico brasileiro Caetano Veloso, e o pintor e gravurista cubano Alexis Leiva Machado (Kcho). (Fonte: PL)