Jujuy, 14 julho (RHC) Manifestações por melhores salários, para denunciar as prisões de manifestantes e para rejeitar a reforma constitucional promovida pelo governador Gerardo Morales continuaram na sexta-feira em Jujuy, no norte da Argentina.
Os sindicatos de professores entraram em greve para expressar também o seu repúdio pelas detenções arbitrárias.
No dia anterior, 22 pessoas foram detidas durante os protestos, entre elas um advogado que assumiu a defesa dos manifestantes presos pela polícia.
"Queremos expressar a nossa preocupação com as detenções em Humahuaca, o que aconteceu ontem com muitos líderes detidos, incluindo advogados, e há outros com mandados de captura", disse o secretário-geral da SEOM multissetorial, Sebastian Lopez.
Entretanto, organizações sociais e de defesa dos direitos humanos convocaram uma manifestação nas imediações do Congresso em oposição às acções violentas do governador provincial de Jujuy, Gerardo Morales.
O Prémio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, e a presidente das Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, estarão presentes no comício.
Entretanto, o presidente argentino Alberto Fernández ordenou na sexta-feira a intervenção do Partido Justicialista (PJ) de Jujuy, depois de os deputados peronistas da província terem apoiado a reforma constitucional.
"Partilham uma forma de pensar que é totalmente alheia aos princípios e à doutrina do pensamento justicialista e que contradiz o espírito e a letra da nossa Constituição Nacional", disse o presidente sobre os membros da assembleia. (Fonte: Telesur)