Foto: HispanTV.
Lima, 23 de julho (RHC) A Coordenadora Nacional Unitária de Luta (CNUL)do Peru condenou a repressão policial contra uma marcha pacífica que exigia a renúncia da presidente Dina Boluarte, no quarto dia de protestos com esse objetivo.
A CNUL, um bloco de diversas organizações sociais e forças políticas progressistas que organizam os protestos, disse que a repressão deixou várias pessoas feridas e presas, entre elas o membro coordenador Franco Lúcio, apenas por interceder a favor de um homem ilegalmente preso por distribuir panfletos anti-presidenciais.
"Basta! É desnecessário, abusivo e ilegal que a Polícia Nacional lance bombas de gás lacrimogêneo e reprima uma manifestação que era totalmente pacífica, temos todo o direito de protestar nas ruas e praças", declarou a ex-candidata presidencial progressista Verónika Mendoza, que participou na manifestação.
A ação policial desalojou violentamente a Plaza San Martin, ocupada pelos manifestantes e fechada a protestos por um decreto sem ter autoridade para fazer isso.
A Comissão Coordenadora Nacional dos Direitos Humanos também qualificou de injustificada a repressão policial contra as pessoas que entraram na praça para manifestar o seu repúdio ao governo de Boluarte.
O resultado foi um número indeterminado de detenções e de feridos, entre os quais uma mulher indígena ferida após ter sido joada por um policial da base alta do monumento ao Libertador José de San Martín, na praça que leva o mesmo nome.
A advogada da Comissão, Mar Pérez, denunciou que uma esquadra da polícia impediu o acesso aos seus colegas que defendiam os detidos, o que constitui abuso de autoridade e é proibido porque a detenção em regime de incomunicabilidade implica o risco de os presos serem torturados. (Fonte: Prensa Latina).