Manu Pineda
Madrid, 28 julho (RHC) O eurodeputado espanhol Manu Pineda aalisou na sexta-feira a recente Cúpula União Europeia (UE) - Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e a Assembleia EuroLat.
O fato é que existem duas formas diferentes de ver o mundo. De um lado, a UE mantém uma atitude de resistência ao progresso, ao respeito pela soberania dos povos. Do outro, a América Latina e o Caribe têm outras posições, afirmou em entrevista à Prensa Latina.
Representante da Esquerda Unida no Parlamento Europeu, Pineda considerou que a relação entre o bloco da UE e a CELAC revela as contribuições construtivas oferecidas pelos países dessa região.
"Tudo isso se espelha nos relatórios que votamos na EuroLat, nos quais o peso da América Latina garantiu que os textos refletissem avanços em relação às políticas de ódio que as direitas mais reacionárias tentam implementar através de diferentes meios de comunicação, notícias falsas e redes sociais, que negam a violência machista ", disse.
O legislador espanhol analisou os debates no âmbito da 15ª Assembleia Parlamentar denominada EuroLat, que terminou ontem na capital da Espanha, e os ecos da Cúpula UE-Celac de Bruxelas.
"Outro relatório da EuroLat defende o direito de acesso à água e a necessidade de o preservá-la. Conseguimos aprovar estes documentos que teriam sido impossíveis apenas na UE, o que demonstra a validade da cooperação entre as duas regiões e o papel essencial da América Latina no mundo", afirmou.
Pineda indicou que um panorama semelhante foi vivido na Cúpula UE-Celac, na qual foi possível chegar a uma Declaração Final, "que não é tão ambiciosa quanto nós, da esquerda, gostaríamos, mas contém elementos essenciais: condena o bloqueio dos EUA a Cuba e suas medidas extraterritoriais; e rejeita as sanções contra a Venezuela".
Além disso, se opõe a uma guerra que não sabemos aonde nos levará no tabuleiro ucraniano, e ressalta o interesse em resolver o conflito através de canais diplomáticos, disse ele. (Fonte: PL)