Revelam assassinatos de indígenas sob governo de Bolsonaro

Editado por Irene Fait
2023-07-28 17:52:33

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Brasília, 28 julho (RHC) O relatório Violência contra os Povos Indígenas no Brasil durante 2022 publicado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), mostra que na presidência de Jair Bolsonaro houve 795 casos de assassinatos de indígenas em todo o país.

De acordo com o texto, em primeiro lugar estão os estados de Roraima e Amazonas, áreas da Terra Indígena Yanomami (TIY), onde ocorreram 208 (Roraima) e 163 (Amazonas) casos de assassinatos. Em terceiro lugar está o Mato Grosso do Sul, com 146 denúncias. As três unidades federativas responderam por 65% do total de mortes violentas.

O CIMI observa que esses três estados também apresentaram as maiores taxas de suicídio, com um total de 535 pessoas entre 2019 e 2022, 74% delas em Roraima, Amazonas e Mato Grosso do Sul.

Houve também um aumento nos conflitos por direitos territoriais, especialmente em 2022, quando foram relatados 158 incidentes violentos, 309 casos de garimpo ilegal, invasões e danos à propriedade indígena em 218 territórios indígenas em 25 estados brasleiros.

Como se tudo isso não bastasse, relatos fornecidos por meio da Lei de Acesso à Informação revelaram a morte de 835 menores indígenas somente em 2022. Uma das coordenadoras da publicação, Lúcia Helena Rangel, revelou que "as crianças são as maiores vítimas da violência".

O relatório traz informações sobre os quatro anos do governo Bolsonaro, em que as demarcações de terras indígenas foram completamente paralisadas, os conflitos aumentaram e as políticas públicas voltadas para a proteção dos povos indígenas e seus territórios foram desmontadas.

O lançamento do relatório foi realizado na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e contou com a presença de lideres indígenas e representantes da CNBB e do Cimi, como Ricardo Hoepers, secretário-geral da CNBB; Roque Paloschi, presidente do Cimi e arcebispo de Porto Velho, entre outros. (Fonte: Telesur)



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