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Havana, 6 setembro (RHC).- O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil aceitou na quarta-feira um pedido da defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e anulou todas as provas obtidas a partir do acordo de cooperação com a empresa Odebrecht.

O Supremo Tribunal decidiu que as supostas provas contra o representante do Partido dos Trabalhadores foram obtidas ilegalmente pelo ex-juiz Sérgio Moro.

O juiz do STF, Antônio Dias Toffoli, afirmou que a prisão do agora presidente foi um dos maiores erros judiciais da história do país.

Afirmou que foram utilizados dispositivos ilegais de "tortura psicológica" para obter provas falsas contra inocentes, entre outras coisas.

Os acordos, assinados em 2017, devem agora voltar aos juízes de julgamento para revisão.

O magistrado considerou que não houve procedimento adequado e comparou o ocorrido à tortura que a ditadura militar exercia contra presos políticos.

Lula, que governou o Brasil entre 2003 e 2010, passou 580 dias na prisão condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em um julgamento que foi posteriormente anulado e se baseou em parte em provas fornecidas pela Odebrecht. (Fonte: TeleSur)