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Cidade da Guatemala, 16 de setembro (RHC).- A primeira convocação para um protesto em massa feita pelo presidente eleito da Guatemala, Bernardo Arévalo, está marcada para segunda-feira, 18, na Plaza de los Derechos Humanos.
"Chegou a hora de todos nós, juntos, como uma nação, darmos um passo à frente, levantarmos nossas vozes e acabarmos com a minoria corrupta e os golpistas que estão tentando negar ao povo o direito de viver em democracia", disse o líder do Movimento Semilla (Semente).
Em mensagem divulgada nas redes sociais, Arévalo reiterou que apresentará um recurso à Suprema Corte de Justiça às 17h30, horário local, na segunda.
"Vamos dizer 'fora golpistas'", disse o vencedor das eleições de 20 de agosto, que conclamou a população a carregar a bandeira azul e branca e defender o direito de construir um futuro melhor.
Em meio a dúvidas sobre as ações promovidas pelo Ministério Público (MP) contra as eleições ao abrir urnas com cédulas, o presidente eleito informou nesta semana de várias decisões que tinha tomado.
Exigiu a renúncia da procuradora-geral Consuelo Porras, do chefe da Procuradoria Especial contra a Impunidade (FECI), Rafael Curruchiche, e do promotor Fredy Orellana.
Também suspendeu temporariamente a participação no processo administrativo de transição de governo, "até que as condições institucionais necessárias sejam restabelecidas", enfatizou.
"Há um problema nacional aqui. O que está em jogo não é o futuro do Movimento Semilla. O que está em jogo é a realidade, a viabilidade das instituições democráticas", disse Arévalo à imprensa.
O partido vencedor Semilla, o Supremo Tribunal Eleitoral e outras organizações entraram com amparos perante o Tribunal Constitucional para impedir a operação judicial.
Organizações locais e internacionais consideram que as manobras contra Arévalo violam a Lei Eleitoral e de Partidos Políticos e pedem respeito à democracia da Guatemala. (Fonte: PL)