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Ramallah, 17 de outubro (RHC) O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) alertou nesta terça-feira sobre a situação crítica na Faixa de Gaza, onde um milhão de pessoas fugiram de suas casas devido aos bombardeios israelenses.
"O número de pessoas deslocadas internamente desde o início das hostilidades (em 7 de outubro) pode ter chegado a um milhão", disse a organização em seu último relatório sobre a crise no enclave costeiro.
A OCHA lamentou que a passagem de fronteira de Rafah, que liga o território ao Egito, permaneça fechada, impedindo a entrada de ajuda humanitária extremamente necessária, incluindo alimentos, água e medicamentos.
"Gaza está sob um apagão total de energia pelo sexto dia consecutivo, enquanto os hospitais estão à beira do colapso porque suas reservas de combustível usadas para geradores de reserva estão quase esgotadas", alertou.
A agência da ONU observou que Israel retomou o serviço parcial de água no sul do enclave, mas que o número representa menos de quatro por cento do total consumido antes do início das hostilidades.
Devido ao colapso de praticamente todos os serviços de água e saneamento em Gaza, a população está em risco iminente de morte ou pode ser afetada por surtos de doenças infecciosas.
Criticou o bombardeio israelense de áreas densamente povoadas na região e o lançamento de foguetes por milícias palestinas ao país vizinho.
"As organizações de direitos humanos expressaram profunda preocupação com os incidentes em que civis e bens civis parecem ter sido alvos diretos de ataques aéreos israelenses", disse ele.
A OCHA citou dados do Ministério de Obras Públicas de Gaza, segundo os quais, até 14 de outubro, 8.840 casas foram destruídas e 5.434 danificadas ou viraram inabitáveis.
A Organização Mundial da Saúde documentou 48 ataques a serviços de saúde na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, resultando em danos a 24 hospitais e outras instalações de saúde.
A extensão dos danos à educação e a outras infraestruturas civis como resultado do bombardeio também é motivo de preocupação crescente.
Em 16 de outubro, 164 instalações educacionais haviam sido atingidas por ataques aéreos, incluindo várias que alojavam refugiados e um prédio universitário, segundo a agência da ONU.
Revelou que ao menos onze mesquitas foram destruídas, e sete igrejas e mesquitas foram danificadas. (Fonte: PL)