Morte e destruição em Gaza.
Ramallah, 25 de outubro (RHC).- O Ministério da Saúde da Palestina anunciou nesta quarta-feira que seis mil 504 pessoas morreram e cerca de 19 mil ficaram feridas pelos ataques do exército e dos colonos israelenses nos territórios ocupados desde 7 de outubro.
De acordo com o último relatório sobre a situação humanitária, o ministério disse que 6.400 pessoas foram mortas na Faixa de Gaza, alvo de uma onda de bombardeios nos últimos 19 dias.
Enquanto isso, na Cisjordânia, 104 pessoas morreram em ações dos colonos e militares israelenses.
O texto denunciou que 70% dos mortos são crianças, idosos e mulheres.
A organização alertou para o aumento de casos de varíola, sarna e diarreia na região, como resultado da crise sanitária e do consumo de água de fontes contaminadas, após a decisão de Israel de bloquear o fornecimento de água potável.
Da mesma forma, criticou Israel por realizar pelo menos 69 ataques contra centros de saúde, 12 dos quais foram desativados, incluindo os hospitais Internacional Oftalmológico, Dar Al-Salam, Al-Yemen Al-Saeed, o Hospital Psiquiátrico e o Hospital Infantil Al-Durra.
Os ataques aéreos também mataram 73 profissionais da saúde e feriram mais de cem, e destruíram ou danificaram 50 ambulâncias.
O ministério alertou sobre a grave escassez de medicamentos, equipamentos e especialistas para cuidar do grande número de feridos, agravada pela falta de combustível necessário para o funcionamento dos geradores de eletricidades.
Revelou que as cirurgias estão sendo feitas sem anestesia e à luz de telefones celulares, e os pacientes estão sendo tratados nos corredores e arredores dos centros médicos devido à falta de espaço.
Calculou o número de cidadãos deslocados em 1,4 milhão, dos quais 685 mil foram para outras casas, 565 mil se refugiaram em abrigos da ONU e outros 101 mil em mesquitas, igrejas e locais públicos.
Nesta quarta-feira, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) denunciou que, desde o início da nova onda de violência, pelo menos 2.360 menores de idade foram mortos e outros 5.364 ficaram feridos na Faixa de Gaza.
Quase todas as crianças e adolescentes desse território foram submetidos a eventos extremamente traumáticos, caracterizados por destruição generalizada, ataques implacáveis, deslocamento e grave escassez de necessidades básicas, criticou UNICEF em comunicado.