Lula pede ao novo procurador do Brasil que a verdade prevaleça sempre

Editado por Irene Fait
2023-12-18 11:25:32

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Presidente Lula da Silva

Brasília, 18 dezembro (RHC) O presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva pediu hoje, na posse do novo procurador-geral da República, Paulo Gonet,  que a verdade prevaleça sempre sobre qualquer outro interesse.

"A única coisa que lhe peço, em nome dos que vai representar a partir de agora na história do país, é apenas uma preocupação: fazer com que a verdade, e somente a verdade, prevaleça sobre qualquer outro interesse", disse Lula a Gonet.

Lula também aconselhou o advogado de 62 anos a "trabalhar com o que o povo espera do MP (Ministério Público). Acusações levianas não fortalecem a democracia, não fortalecem as instituições. Muitas vezes uma pessoa é destruída antes de ter a oportunidade de se defender", alertou.

Durante seu discurso, Lula criticou o que chamou de acusações levianas e disse que o MP "não pode achar que todo político é corrupto".

Lula observou que um "procurador não pode se submeter a um presidente da República, ao presidente da Câmara (dos Deputados), ao presidente do Senado, não pode se submeter aos presidentes de outros poderes, não pode se submeter ao diretor de qualquer jornal ou canal de televisão".

Gonet teve seu nome aprovado para o cargo pelo Senado Federal em 13 de dezembro.

Anteriormente, ele foi sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, simultaneamente com Flávio Dino, atual Ministro da Justiça e também indicado pelo Presidente da República para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF).

Natural do Rio de Janeiro, Gonet é graduado e doutor em Direito pela Universidade de Brasília, além de ter um mestrado em Direitos Humanos Internacionais pela Universidade de Essex (Reino Unido).

Ele foi escolhido para o cargo por Lula em 27 de novembro e substitui Augusto Aras, que deixou a instituição em 26 de setembro, após dois mandatos no cargo.

O novo procurador terá agora que se pronunciar sobre as investigações contra o ex-presidente ultradireitista Jair Bolsonaro (2019-2022).

E também terá que decidir sobre o andamento das recomendações feitas pela Comissão Parlamentar de Inquérito em 8 de janeiro, data em que apoiadores extremistas de Bolsonaro invadiram e saquearam o Congresso Nacional da capital, o STF e o Palácio Presidencial. (Fonte: PL)



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