Sandra Pettovello, ministra argentina de Capital Humano.
Buenos Aires, 18 dezembro (RHC) Todos que promoverem, instigarem, organizarem ou participarem de protestos de rua vão perder o diálogo com o Ministério do Capital Humano da Argentina, disse Sandra Pettovello, chefe da pasta, na segunda-feira.
A integrante do gabinete de Javier Milei se referiu assim aos membros de organizações sociais, sindicatos e defensores dos direitos humanos que convocaram manifestações para os próximos dias com o objetivo de denunciar o plano de ajuste do governo e as medidas contra os protestos.
“O presidente já disse: quem corta (as ruas) não recebe salário", recordou.
Na semana passada, a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, anunciou que a Gendarmaria, a Prefeitura Naval, a Polícia de Segurança Aeroportuária e a Polícia Federal, bem como o sistema penitenciário, intervirão diante de piquetes e bloqueios parciais ou totais de lugares públicos.
Da mesma forma, indicou que "os autores, cúmplices e instigadores desse tipo de crime" serão identificados, e os veículos utilizados serão apreendidos se não estiverem em conformidade com as normas de trânsito e se seus motoristas não tiverem os documentos necessários.
A Associação de Trabalhadores do Estado e as Avós e Mães da Praça de Maio, entre outras organizações, denunciaram essas decisões e advertiram que elas vão contra a Constituição.
O protesto social é um direito, mas também uma garantia de diálogo democrático entre o povo e seus representantes. As piores tragédias de nossa história foram causadas por políticas repressivas, apontaram as Avós. (Fonte: PL)