Bolsonaro
Brasília, 26 dezembro (RHC) A Polícia Federal (PF) do Brasil está na fase final das investigações relacionadas a fake news e milícias digitais envolvendo os eixos político e econômico do bolsonarismo.
De acordo com a coluna do jornalista Aguirre Talento, do portal UOL, os investigadores consideram que há elementos suficientes para indiciar Bolsonaro por crimes ocorridos nos últimos quatro anos de seu governo (2019-2022) e a expectativa é que isso ocorra no início do próximo ano.
No entanto, os tipos específicos dos delitos só serão definidos quando todas as linhas de investigação que têm a ver com o político ultradireitista forem concluídas.
O indiciamento é esperado para o início de 2024 e, após essa etapa, o caso será encaminhado ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, para análise da possível exposição das acusações contra Bolsonaro e seus aliados.
A saída de Augusto Aras do comando da Procuradoria Geral da República é vista como um ponto chave, pois Gonet é esperado para dar continuidade às investigações e apresentar denúncias contra Bolsonaro após receber o material da PF.
O entendimento da polícia é que os fatos sob investigação envolvendo Bolsonaro estão interligados e, portanto, devem ser concluídos como um todo.
Os investigadores ainda estão finalizando a análise de materiais apreendidos, como celulares, e os inquéritos que envolvem o início da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.
Cid revelou o envolvimento de Bolsonaro em um plano golpista contra o resultado das eleições do ano passado, diz o relatório.
As investigações abrangem uma série de frentes, desde o desvio de joias para venda no exterior até fraudes nos certificados da vacina anti-Covid-19.
Para os investigadores, há uma conexão entre a prática desses crimes e a organização criminosa criada para realizar ataques às instituições democráticas.
A PF supõe que as milícias digitais também abriram caminho para que o grupo do ex-presidente obtivesse vantagens indevidas do Estado brasileiro, diz a coluna do UOL.
Até o momento, Bolsonaro e sua defesa negam qualquer envolvimento em iniciativas golpistas ou outros crimes. (Fonte: PL)