Fumaça tóxica polui a Cidade do Panamá

Editado por Irene Fait
2024-01-20 18:14:58

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Foto: En Segundos Panama.

Cidade do Panamá, 20 de janeiro (RHC) Quarenta e oito horas depois de um incêndio no aterro sanitário de Cerro Patacón, que ainda não foi totalmente extinto, a fumaça tóxica está poluindo o meio ambiente e afetando a saúde da população da capital panamenha.

Pelo menos 27 pessoas foram afetadas, revelou o ministro da Saúde (Minsa), Luis Francisco Sucre, após a reunião do comitê especializado sobre o assunto, convocado pelo presidente Laurentino Cortizo, no Centro Nacional de Operações.

O incêndio, que se originou no setor de reciclagem do depósito de lixo nos arredores da cidade, foi provocado. O Ministério Público iniciou as investigações.

Meios de comunicação como La Estrella de Panamá advertem que os incêndios no aterro de 162 hectares não são novos, houve 15 nos últimos 12 meses, e a população acaba exposta a várias doenças e alergias, disse a pneumologista Lorena Noriega.

"A fumaça, uma substância irritante, afeta direta e imediatamente as pessoas com problemas respiratórios e/ou alérgicos, como rinite, asma e outras doenças pulmonares crônicas, como enfisema e fibrose pulmonar", detalhou.

Mais de 18.000 pessoas vivem perto da área e são propensas a desenvolver doenças crônicas, que acabam causando tosse, espirros, coriza e ataques ou exacerbações de asma.

No início da década de 1990, o aterro sanitário de Cerro Patacón era um exemplo para a região, que foi estudado por muitos países da área, mas com o passar do tempo, os aspectos técnicos deixaram de ser atendidos, de acordo com analistas.

Em 26 de março de 2023, o governo rescindiu a relação contratual com a empresa Urbalia, que era responsável pela administração do local, e no dia 29 daquele mês foi anunciado que a empresa Ecolimpia assumiria a operação temporariamente, mas isso não se concretizou e o local passou para as mãos do governo.

Na época, o ministro do Meio Ambiente, Milciades Concepción, justificou a saída da Urbalia, argumentando que a empresa havia cometido irregularidades no aterro sanitário.

Para o jornal La Prensa, é preocupante a situação da Autoridade de Gestão de Resíduos Urbanos e Domésticos, que já passou por três administrações - a última sem o aval do parlamento -, lutas políticas e um orçamento de milhões de dólares.

Mas, enquanto a política e a burocracia corroem a entidade, os gases poluentes que o morro Patacón produz são uma ameaça constante à saúde pública da população da capital, observou o jornal. (Fonte: Prensa Latina).



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