Foto: Prensa Latina
Havana, 1º fevereiro (RHC) Os Estados membros da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) rejeitaram e condenaram o anúncio do Departamento de Estado dos EUA, ao considerá-lo uma ameaça direta contra a soberania e a estabilidade política e econômica da Venezuela.
Washington é o maior responsável pelas violações dos direitos humanos no mundo, bem como pelos processos mais obscuros de desestabilização política em nossa região, destacou o comunicado.
O bloco de integração da América Latina e do Caribe afirmou que EUA não tem "moral alguma" para ameaçar um Estado livre e soberano como a Venezuela, um exemplo de democracia participativa em nossa região nos últimos 25 anos.
A Aliança exigiu a cessação imediata e incondicional de todas as sanções ilegais contra o povo venezuelano, que "travou uma batalha épica pela paz" por meio do diálogo político, mesmo em tempos de agressão excessiva contra suas instituições.
A ALBA-TCP ratificou seu compromisso com a defesa da "soberania nacional sem interferência estrangeira" e fez um novo apelo à comunidade internacional para que condene esse ataque.
Os Estados Unidos ameaçaram reimpor sanções à República Bolivariana, após a decisão soberana do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) de ratificar a desqualificação, por 15 anos, da política de oposição María Corina Machado, responsável por ações puníveis contra o Estado e suas instituições.
Na sentença emitida na última sexta-feira, o TSJ afirmou que a líder do partido Vente Venezuela faz parte do "esquema de corrupção armado pelo usurpador Juan Guaidó", que levou ao "bloqueio criminoso" da República Bolivariana.
Também o "saque flagrante" das empresas e riquezas do povo venezuelano no exterior, no valor aproximado de 34 bilhões de dólares.
Da mesma forma, solicitou a aplicação de sanções e um bloqueio econômico contra o país, que causou danos ao sistema de saúde e não cumpriu as disposições da Constituição.
O veredicto da Câmara Político-Administrativa do mais alto tribunal de justiça venezuelano inocentou cinco políticos da oposição; em outros três casos afirmou que não tinha jurisdição; e proibiu exercerem funções públicas Machado e Henrique Capriles, este último envolvido em graves violações administrativas. (Fonte: Prensa Latina).