San Salvador, 03 fevereiro (RHC) Três mil 54 observadores nacionais e internacionais foram credenciados para as eleições que elegerão, no domingo, o presidente e os membros da Assembleia Legislativa, informou hoje fonte oficial.

O que mais chama a atenção na composição do grupo de observadores que atestará a limpeza do exercício é que os do exterior mal somam 658, um número inferior aos 1074 que vieram durante as eleições de 2019, nas que ganhou Nayib Bukele.

Um relatório do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) especificou que a observação internacional credenciada é de 22% do total e a outra porcentagem corresponde aos 2.396 nacionais que serão destacados no país até o final das eleições, ou seja, agora há 1.294 participantes a menos do que em 2019.

Vale ressaltar que as maiores delegações internacionais pertencem à Organização dos Estados Americanos (OEA), com 95 observadores credenciados, e à Aliança Global de Jovens Políticos, que conta com 90 observadores estrangeiros e 10 observadores nacionais.

No caso da OEA, muitas vezes suas atividades, como nas eleições de 2019 na Bolívia, foram exemplos de uma "missão de observação profundamente problemática, cuja conduta desonesta, tendenciosa e não profissional causou sérios danos à democracia", de acordo com o Centro de Pesquisa Econômica e Política, com sede nos EUA.

Nos últimos dias, assim como na Bolívia em 2019, a OEA tem sido muito ativa desde que o grupo chegou a El Salvador.

O TSE se reuniu na sexta-feira com as diferentes delegações de observadores internacionais que já se encontram em El Salvador com o objetivo de fornecer-lhes informações sobre as eleições.

Vários partidos de oposição expressaram o temor de que haja fraude nas eleições atuais, algo que as autoridades negam. (PL)