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Havana, 26 de março (RHC) A Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) da Argentina realiza hoje um dia nacional de protesto contra o possível fechamento de organismos e a demissão de milhares de servidores públicos.
Após uma reunião de sua diretoria, ATE anunciou a decisão de realizar manifestações e ações de protesto na capital e em outras cidades, já que os contratos de trabalho de 70 mil pessoas vencem no final deste mês e o governo de Javier Milei disse que não ia renová-los.
Uma das manifestações é em frente ao Instituto de Agricultura Familiar, Camponesa e Indígena, cujo fechamento foi anunciado pelo porta-voz da presidência, Manuel Adorni, na semana passada.
"As demissões são iminentes. Se não reagimos e endurecemos nosso plano de luta, nas próximas horas estaremos enfrentando um cenário de demissões em massa. O governo está tentando destruir o Estado e nós temos que resistir", disse o secretário geral do sindicato, Rodolfo Aguiar.
"Até o momento, todas as medidas do Executivo visam erradicar direitos, destruir empregos e demolir a renda dos trabalhadores, aposentados e setores populares", acrescentou.
Da mesma forma, pediu a todas as confederações sindicais que organizassem uma nova greve geral, semelhante à realizada em 24 de janeiro.
"Não estamos defendendo privilégios, mas políticas públicas. Queremos um Estado que sirva às pessoas e não aos interesses das grandes corporações, como afirma Milei", disse.
Por sua vez, a secretária adjunta da ATE, Mercedes Cabezas, denunciou recente ataque a um ativista do grupo Hijos (Filhos) formado por familiares das vítimas da última ditadura civil-militar (1976-1983) e por pessoas que exigem o julgamento e a punição dos responsáveis por crimes contra a humanidade.
“Sabemos que eles querem que tenhamos medo, mas a gente não vai parar", garantiu.
Os membros do sindicato também estão exigindo aumento salarial para lidar com a alta inflação, a reintegração dos trabalhadores demitidos, a continuidade do Fundo de Garantia de Sustentabilidade, um aumento nas pensões e aposentadorias e o fim do plano de fechamento e privatização de empresas públicas. (Fonte: Prensa Latina)