Sérgio Moro
Havana, 1º de abril (RHC) O Tribunal Regional Eleitoral do estado do Paraná, no sul do Brasil, começa a julgar hoje o ex-juiz, ex-ministro e senador brasileiro Sérgio Moro, acusado de abuso de poder econômico e arrecadação, além de gastos eleitorais ilícitos.
Moro ganhou notoriedade nacional e internacional ao comandar, entre março de 2014 e novembro de 2018, o julgamento em primeira instância dos crimes identificados na desmantelada operação judicial Lava Jato.
Sem provas, o ex-juiz condenou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2017, a nove anos e seis meses de prisão por suposta corrupção.
Com suas manobras, também impediu, com a colaboração de generais e juízes, a candidatura de Lula quando era favorito para vencer as eleições presidenciais de 2018, que ganhou o político de extrema direita Jair Bolsonaro.
Moro, em seguida, desistiu do cargo de juiz e, no mesmo ano, foi nomeado ministro da Justiça e Segurança Pública por Bolsonaro.
O julgamento, que pode levar à cassação do senador do partido União Brasil (centro-direita), será realizado em três sessões, com conclusão prevista para 8 de abril.
Juristas apontam que, independentemente do veredicto, o caso não deve ser encerrado antes de 2025, considerando que ainda há espaço para recurso ao TSE.
No entanto, se o parlamentar for condenado à perda do mandato, deverão ser convocadas eleições suplementares para preencher a vaga do Paraná no Senado, mas o ex-juiz poderá ser declarado inelegível por oito anos. (Fonte: Prensa Latina)