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Havana, 06 de abril (Rede Web) A atitude do governo equatoriano de violar a sede diplomática do México em Quito com uma invasão continua sendo repudiada e condenada por diferentes países e organizações internacionais.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, expressou sua solidariedade com os diplomatas mexicanos e pediu ação urgente contra o Equador por violar a Convenção de Viena.
"A Convenção de Viena e a soberania do México no Equador foram violadas. Volto a insistir que a América Latina e o Caribe, sejam quais forem as construções sociais e políticas de cada país, devem manter vivos os preceitos do direito internacional em meio à barbárie que avança no mundo", escreveu o presidente em sua conta no X, acrescentando que seu país respeita o direito universal ao asilo político.
"A Colômbia promoverá ações para que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos emita medidas cautelares em favor de Jorge Glass, cujo direito de asilo foi violado de forma bárbara", disse.
"Um ato de barbárie e algo nunca visto antes na América Latina", assim descreveu o presidente venezuelano Nicolás Maduro a entrada à força de agentes de segurança equatorianos na embaixada mexicana.
Em sua conta na rede social X, o líder venezuelano falou que o governo de direita pró-ianque do Equador violou brutalmente o direito internacional", com o ataque à embaixada e o sequestro de um solicitante de asilo político.
O governo brasileiro também condenou o ataque em um comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores. O texto afirma que "a medida levada a cabo pelo governo equatoriano constitui grave precedente, sendo objeto de enérgico repúdio, qualquer que seja a justificativa para tanto".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou solidariedade ao seu colega mexicano, Andrés Manuel López Obrador.
Luis Arce, presidente da Bolívia, expressou em um comunicado sua rejeição ao sequestro de Jorge Glass no violento ataque à sede diplomática mexicana, em clara violação do Acordo de Viena, um fato sem precedentes na história do direito internacional.
"De uma ordem internacional baseada em regras, para uma ordem internacional baseada em suas próprias regras", escreveu o secretário executivo da ALBA-TCP, Jorge Arreaza, em sua conta no X.
O prefeito de Quito, Pabel Muñoz, também considerou a invasão da legação diplomática mexicana "inaceitável, uma vergonha global".
"O que acaba de acontecer na embaixada mexicana em Quito cria uma situação complexa para o Equador perante o sistema internacional e o direito internacional. Há alguma dúvida de que Jorge Glas é vítima de uma terrível perseguição? perguntou o funcionário equatoriano em mensagem na sua conta no X.