Foto tomada de Prensa Latina
Havana, 08 de abril (RHC) A mídia do Equador informou na segunda-feira que o ex-vice-presidente Jorge Glas foi transferido da prisão de segurança máxima em Guayaquil para o hospital militar dessa cidade.
O portal digital Primicias informou que se presume que o diagnóstico seja um coma profundo autoinduzido, causado pela ingestão de drogas ansiolíticas, antidepressivas e sedativas.
A emissora Radio Pichincha também publicou a informação em sua rede social X, mas até agora não houve nenhuma declaração oficial sobre o estado de saúde do ex-funcionário.
Anteriormente, a defesa do ex-vice-presidente equatoriano advertiu que estava incomunicável após a invasão da embaixada mexicana, que culminou em sua captura.
A advogada Sonia Vera reiterou que Glas é um homem inocente que está sendo perseguido e cujos direitos constitucionais estão sendo violados, e advertiu que sua vida estava em perigo na prisão de segurança máxima La Roca, onde estava detido.
Vera explicou que, no momento de sua prisão, Glas havia recebido asilo diplomático do governo mexicano e foi espancado por agentes da lei equatorianos.
"Solicitamos acesso ao nosso cliente, mas até o momento não obtivemos resposta", disse ela.
Glas, considerado um dos símbolos da lawfare (guerra legal) no Equador, recebeu temporariamente o benefício da pré-liberdade em 28 de novembro de 2022, após a unificação de duas sentenças de prisão de seis e oito anos; no entanto, a medida foi revogada.
No início deste ano, a justiça ordenou a prisão do ex-funcionário por suposto desvio de verbas no caso conhecido como Reconstrução de Manabí, que investiga supostos desvios de verbas em obras públicas após o terremoto de 2016.
A invasão da sede diplomática do México na noite de sexta-feira, 5 de abril, foi condenada pela comunidade internacional.
O governo equatoriano insiste em justificar o ato e alega que havia risco de fuga para Glas, que tinha um mandado de prisão por processos judiciais pendentes, mas já havia recebido asilo do México. (Fonte: Prensa Latina)