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Havana, 11 de abril (RHC) A audiência para analisar o pedido de habeas corpus do ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas está marcada para hoje, depois de saber que ele está em greve de fome e foi torturado após sua detenção na embaixada mexicana.
O recurso foi apresentado na última segunda-feira pelo ex-presidente do movimento Revolução Cidadã (RC), Francisco Hidalgo, perante a Corte Nacional de Justiça, e tem como foco a ilegalidade da detenção, que, segundo alega, violou os direitos humanos do ex-vice-presidente e as normas internacionais.
A advogada Sonia Vera, que faz parte da equipe de defesa de Glas, disse a um meio de comunicação local que não estava esperançosa com o pedido porque no Equador "a função judicial foi submetida a um 'golpe' através da Procuradoria Geral".
Na tarde de quarta-feira, Vera divulgou um vídeo no qual Glas, da prisão de segurança máxima La Roca, afirma que durante a operação de sua captura na sexta-feira passada ele foi contido por quatro policiais.
Depois de ser espancado, disse, o sentaram para ler seus direitos, mas ele caiu.
"Eu estava tentando me levantar, mas não conseguia por causa da surra que me deram", disse o ex-vice-presidente na gravação disponível nas redes sociais, onde também agradeceu ao governo mexicano.
"O asilo não me deu liberdade, mas me deu a dignidade de ser uma pessoa perseguida politicamente", disse Glas.
Consideramos o presidente Daniel Noboa responsável por sua integridade física e emocional, disse o ex-presidente Rafael Correa, lembrando que o atual chefe do Executivo equatoriano incorreu no crime definido no artigo 125 do Código Penal por deter ilegalmente uma pessoa protegida.
A invasão da sede diplomática no México, que levou à captura de Glas, foi repudiada pela comunidade internacional, mas o governo equatoriano insiste em justificar o ato.
O governo alega que havia risco de fuga de Glas, que tinha um mandado de prisão por processos judiciais pendentes, mas já havia recebido asilo do México. (Fonte: Prensa Latina)