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Caracas, 24 de abril (RHC) Os chefes de Estado e de Governo da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América- Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) aprovaram três documentos hoje em Caracas, ao finalizar a 23ª Cúpula do bloco regional.

Na reunião, que aconteceu na quarta-feira no Palácio Miraflores, sede do poder executivo, os governantes latino-americanos e caribenhos assinaram a Declaração Final da reunião de cúpula e a Agenda Estratégica ALBA 2030, que traça o caminho a seguir em áreas como economia, saúde, educação, entre outras.

Da mesma forma, endossaram por unanimidade um comunicado especial sobre a situação na Palestina, no qual exigiram uma solução justa e duradoura com a criação de dois Estados, com Jerusalém Oriental como sua capital, e que o direito de retorno dos refugiados seja garantido.

Reiteraram o apelo à comunidade internacional para que imponha um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e acabe com o genocídio, os crimes de guerra e de lesa humanidade contra sua população, que violam os princípios e os propósitos da Carta das Nações Unidas e do direito internacional.

E reafirmaram seu apoio à adesão imediata da Palestina como membro pleno das Nações Unidas, o que consideraram uma medida justa e necessária que contribuirá para a proteção dos direitos legítimos do povo palestino.

Os chefes de Estado e de Governo também pediram que fosse determinada, de acordo com a lei internacional, a responsabilidade do governo israelense e de seus apoiadores pelos crimes perpetrados contra o povo palestino.

E decidiram convidar a Palestina para participar da Cúpula dos 20 anos da ALBA-TCP, a realizar-se em Havana, Cuba, em dezembro próximo.

A Declaração final, entre suas partes, ratificou a importância e o compromisso dos líderes em defesa da "Proclamação da América Latina e do Caribe como Zona de Paz" que, dez anos após sua aprovação na II Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos em Cuba, continua plenamente válida.

Reafirmou o firme apoio ao diálogo permanente entre a Venezuela e a Guiana para alcançar uma solução satisfatória entre as partes, conforme estabelecido na Declaração Conjunta de Argyle de 2023, entre os presidentes Nicolás Maduro e Irfaan Alí.

O texto também exige a exclusão de Cuba da lista unilateral espúria e arbitrária de países supostamente patrocinadores do terrorismo, que foi elaborada pelo Departamento de Estado dos EUA e tem um impacto negativo em todas as esferas da sociedade cubana e no bem-estar de seu povo.

Temos que continuar o caminho, a América Latina tem opções, alternativas, e "a alternativa é o caminho da independência, da soberania e do socialismo, vamos fortalecer a ALBA-TCP", disse o presidente venezuelano Nicolás Maduro no encerramento. (Fonte: PL)