Jorge Glass
Quito, 10 de junho (RHC) A equipe internacional de defesa do ex-vice-presidente do Equador, Jorge Glas, anunciou nesta segunda-feira que recorrerá ao sistema de justiça interamericano para tratar do "sequestro" do político, após esgotar a via ordinária nacional.
O objetivo é buscar justiça e reparação total pelas violações sistemáticas dos direitos humanos do ex-vice-governador, de acordo com uma declaração emitida pelos advogados do escritório Juscogens, coordenado por Christophe Marchand e Sonia Vera, em Bruxelas.
A decisão de recorrer a tribunais fora do território nacional ocorre depois que um tribunal da Corte Nacional de Justiça (CNJ) do Equador declarou na noite de sexta-feira como legal a prisão de Glas durante a invasão da embaixada mexicana em 5 de abril.
Para a defesa de Glas, o tribunal falhou gravemente em justificar a invasão da sede diplomática mexicana, em violação direta das disposições internacionais, como a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.
O Grupo Puebla e o Conselho Latino-Americano de Justiça e Democracia (Clajud) solicitaram, há algumas semanas, ao Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária da Organização das Nações Unidas (ONU) que abordasse com urgência a situação de Glas.
Glas, que foi vice-presidente de Rafael Correa, estava na embaixada mexicana desde dezembro de 2023, quando solicitou asilo em repúdio às acusações e denúncias contra ele.
No início deste ano, a justiça ordenou sua prisão por suposto desvio de dinheiro no caso chamado Reconstrução de Manabí, que investiga um suposto desvio de dinheiro em obras públicas após o terremoto de 2016. (Fonte: PL)