Foto tomada de Prensa Latina
Havana, 23 de junho (RHC) A tendência parece irreversível: a apenas sete dias das eleições legislativas antecipadas na França, o país viverá um duelo entre o partido de extrema-direita Grupo Nacional (RN) e o bloco de esquerda Frente Popular.
Nas últimas horas, duas novas pesquisas (uma da Elabe e outra da Franceinfo) ratificaram o cenário previsto por todas as anteriores: o domínio da extrema direita nas intenções de voto, cercada em maior ou menor grau pela aliança de socialistas, insubmissos, comunistas e ecologistas.
As perspectivas são sombrias para o partido governista, com queda estrepitosa no número de deputados e a possibilidade de uma coabitação muito incômoda no poder, no que seria a primeira vez nas urnas na França sem a proeminência do que chamam de "macronismo", desde a chegada de Emmanuel Macron à presidência em 2017.
Líderes que estão no topo das pesquisas, como as figuras de proa do RN, Marine Le Pen e Jordan Bardella, o líder de França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, e o ex-presidente socialista François Hollande, afirmam que a era Macron está próxima do fim, alguns até evocando - sem ainda exigir - a renúncia do presidente.
De acordo com a pesquisa, a extrema direita teria entre 250 e 280 legisladores na câmara (em comparação com os 89 anteriores), o que a colocaria prestes a atingir seu objetivo de impor Bardella como primeiro-ministro.
Por sua vez, a pesquisa de opinião atribui 27% das intenções de voto à Frente Popular, o que significaria uma melhoria no número de deputados de esquerda na Assembleia, com até 170 assentos (150).
O partido governista Renascimento e seus aliados são rebaixados com 20%, o equivalente potencial a um máximo de 110 assentos, muito longe dos 260 assentos que tinha.
Para o diretor da Elabe, Bernard Sananès, a pesquisa parece confirmar a tendência que marcou as eleições europeias de 9 de junho, nas quais o RN venceu categoricamente, levando Macron a dissolver a Assembleia Nacional e convocar as eleições legislativas, que terão seu segundo turno em 7 de julho.
A pesquisa da rede Franceinfo mostra uma batalha muito mais acirrada entre a extrema direita (31,5%) e a Frente Popular (29,5%), com o partido governista também ficando para trás (19,5%).
Insistiu que as pesquisas não são uma previsão, mas um retrato da opinião em um determinado momento. (Fonte: Prensa Latina)