López Obrador rejeita críticas de Pompeo às reformas constitucionais

Editado por Irene Fait
2024-06-24 18:35:55

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Cidade do México, 24 de junho (RHC) O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, rejeitou as opiniões do ex-secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, sobre as reformas constitucionais promovidas pelo poder executivo do país latino-americano.

Perguntado por um jornalista sobre os comentários de Pompeo, que incluem que tais mudanças supostamente alterarão a relação bilateral, o presidente disse que é natural que o político tenha essa opinião e, embora respeite seu ponto de vista, não o compartilha.

Sobre a pergunta: por que os Estados Unidos estão tão interessados na reforma judicial incluída no pacote?, López Obrador afirmou: "porque eles estão mal acostumados, com todo o respeito, a meter o nariz em outros lugares".

"Eles estão presos à época da Doutrina Monroe de 'América para os americanos', entendendo que os Estados Unidos são apenas eles. Há uma atitude, uma corrente muito intervencionista", falou López Obrador.

"Criaram países, desmantelaram países, criaram protetorados. Invadiram países com tropas. Colocaram e tiraram presidentes à vontade. No caso do México, houve duas invasões: a de ‘47, tiraram mais da metade do nosso território com um pretexto", lembrou o presidente.

Depois, nos invadiram novamente em 1914, acrescentou o chefe de Estado, "no porto de Veracruz, e ficaram lá por oito meses, e sempre houve a ameaça de que nos invadiriam se as empresas petrolíferas estrangeiras não fossem respeitadas, e foi uma luta para recuperar nosso petróleo”.

Infelizmente, eles não mudaram, embora estejamos vivendo em novos tempos e haja um entendimento muito bom, ainda temos que sofrer com esse intervencionismo, que eu acho que vai desaparecer gradualmente, desde que o governo mexicano não seja um vendido, afirmou.

E enfatizou que a nação latino-americana é independente, soberana, livre e não é colônia ou protetorado de nenhum país estrangeiro.

Ao divulgar os resultados de duas pesquisas na semana passada, a presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, ressaltou que mais da metade da população acredita que a reforma do judiciário é necessária e mais de 59% querem a eleição direta dos magistrados. (Fonte: Prensa Latina)



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