Foto tomada de Prensa Latina
Havana, 02 de julho (RHC) Poucos meses antes das eleições de 5 de novembro, os eleitores dos Estados Unidos acreditam que nem o democrata Joe Biden nem seu rival republicano, Donald Trump, deveriam estar na cédula de votação.
Esta opinião foi reforçada após o primeiro debate entre os dois candidatos, em 27 de junho.
Setenta e dois por cento dos eleitores acreditam que Biden não deve concorrer à reeleição, de acordo com uma pesquisa da CBS News e a firma YouGov, realizada após o debate em Atlanta.
Antes desse confronto, os eleitores expressaram repetidamente dúvidas sobre a capacidade cognitiva do atual presidente, dada a sua idade (81 anos), para permanecer no comando do país.
Estas opiniões se consolidaram após o debate diante das câmeras de TV e aumentaram os pedidos para que Biden se afastasse. Da mesma forma, há pedidos para que Trump desista da disputa.
As pesquisas mostraram que 49% dos eleitores acreditam que o ex-presidente não tem saúde mental e cognitiva para exercer o cargo e 54% acreditam que não deveria concorrer.
Logo após o debate, o conselho editorial do Philadelphia Inquirer pediu que Trump desistisse da disputa pela Casa Branca.
"Biden teve uma noite horrível (...) Porém, o debate sobre o debate é descabido. A única pessoa que deve desistir é Trump", escreveu o Conselho em um artigo de opinião no fim de semana.
Ontem à noite, Biden descreveu como “precedente perigoso” a decisão da mais alta corte do país de conceder imunidade parcial a Trump sobre o que aconteceu no Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
Isso significa que agora "praticamente não há limites para o que o presidente pode fazer", disse.
"Eu discordo", advertiu o presidente em breves comentários na Casa Branca.
Comentou que os eleitores mereciam ter uma resposta por meio dos tribunais antes da eleição sobre o que foi que aconteceu em 2021, quando centenas de apoiadores de Trump invadiram o Capitólio.
Biden observou que os eleitores em novembro serão os únicos a determinar nas urnas se querem eleger seu rival "agora sabendo que ele terá mais coragem de fazer o que quiser, quando quiser".
Como era de esperar, Donald Trump considerou a decisão de ontem da Suprema Corte uma "grande vitória" para a Constituição e a democracia.
Biden e Trump esperam aparecer na cédula presidencial de 2024. O que se passará em novembro? Dentro de breves meses teremos a resposta. (Fonte: Prensa Latina)