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Havana, 31 de julho (RHC) Israel mais uma vez cruzou as linhas vermelhas, atacou o subúrbio ao sul da capital Beirute e assassinou o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, no Irã, colocando a região à beira da guerra.
Assim falou o chefe de Relações Internacionais da Frente Popular para a Libertação da Palestina, Maher Al-Taher, que condenou o ataque a Haniyeh e a violação da soberania do Irã.
Em menos de 24 horas, as forças israelenses realizaram duas operações contra líderes do eixo da Resistência, com a cumplicidade do governo dos EUA e de seus aliados ocidentais.
A propósito, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, afirmou que "se Israel for atacado, nós o ajudaremos a se defender", informou a rede pan-árabe Al Mayadeen.
Desesperado para mudar sua imagem de derrota nos últimos 10 meses em Gaza, o governo israelense fabricou o massacre de Majdal Shams no Golã sírio ocupado para justificar um ataque ao Líbano, disse o presidente do Partido Democrático, Talal Arslan.
De acordo com relatos locais, a ação de terça-feira à noite no subúrbio de Beirute, com o objetivo de assassinar um líder da Resistência Libanesa (Hizbullah), matou quatro civis e feriu mais de 70 quando um prédio residencial na área de Haret Hreik foi bombardeado.
O assassinato de Haniyeh e de um guarda-costas em sua residência em Teerã levará as frentes da Resistência a reagir contra a ocupação israelense, disse o funcionário da assessoria de imprensa dos Comitês da Resistência, Abu Mujahid.
Nesse sentido, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, destacou que o assassinato de Haniyeh em Teerã fortalecerá cada vez mais as relações entre o Irã, a Palestina e a Resistência.
No Líbano, no Iraque, no Iêmen e na Palestina, os movimentos de resistência condenaram a ação criminosa israelense e renovaram a confiança na sabedoria e na coragem da liderança do Hizbullah para responder à agressão sionista.
O governo libanês realizará uma sessão de emergência para tratar da situação e o primeiro-ministro interino, Najib Mikati, renovou o direito de tomar todas as medidas para ajudar a deter a agressão israelense.
Durante seu discurso na ocasião da comemoração do feriado de Ashura, no dia 17 deste mês, o secretário-geral do Hizbullah, Hassan Nasrallah, garantiu que a Resistência, em sua luta atual, defende todos os povos da região atacados pela entidade israelense com ocupação, massacres, agressões e ameaças.
Ao mesmo tempo, a principal figura política e militar da Resistência Libanesa acrescentou que a insistência israelense em atingir civis fará com que a Resistência lance mísseis e ataque assentamentos nunca antes atacados.
Nesse ponto, enfatizou que desde 8 de outubro o Líbano entrou em uma batalha diferente e abriu uma frente de apoio à epopeia palestina do Dilúvio de Al-Aqsa, "porque é a luta de toda a nação e a do Iêmen, Iraque, Síria e Irã". (Fonte: Prensa Latina)