Foto tomada de Prensa Latina

Havana, 09 de agosto (RHC) O Dia Mundial dos Povos Indígenas pede hoje a proteção dos direitos das 200 comunidades em isolamento voluntário localizadas na Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Índia, Indonésia, Papua Nova Guiné, Peru e Venezuela.

Este ano, o dia internacional insta a respeitar a relação desses poucos grupos com seu ambiente ecológico, levando em conta o risco que qualquer mudança em seu habitat natural representa para a sobrevivência de indivíduos e grupos.

De acordo com as Nações Unidas, as comunidades em isolamento voluntário e contato inicial enfrentam desafios únicos que muitas vezes são ignorados pelo mundo ao redor.

Desde o desenvolvimento da agricultura, da mineração, do turismo e dos recursos naturais em seus territórios até a possível exposição a doenças decorrentes do contato externo ameaçam sua existência.

Esses fatores resultam no desmatamento de grandes extensões de florestas dos povos indígenas, prejudicando seu modo de vida e destruindo o ambiente natural que eles protegeram por gerações.

O contato forçado com o mundo exterior pode ter consequências devastadoras e destruir sociedades inteiras, alerta a agência.

O Dia Internacional também reconhece as contribuições de grupos indígenas isolados na proteção da floresta e dos direitos coletivos a terras e territórios.

Sua sobrevivência não é apenas crucial para a proteção do nosso planeta, mas também para a proteção da diversidade cultural e lingüística, admite a ONU.

No mundo hiperconectado de hoje, a existência de povos indígenas em isolamento voluntário é um testemunho do tecido rico e complexo da humanidade, e seria uma enorme perda para o nosso mundo se eles deixassem de existir, acrescenta.

As Nações Unidas prestam homenagem às culturas indígenas em 9 de agosto, em reconhecimento à primeira reunião de trabalho sobre essa população, realizada em Genebra em 1982. (Fonte: Prensa Latina)