Havana,
Foto tomada de Prensa Latina
08 de setembro (RHC) Milhares de chilenos marcham hoje para homenagear as vítimas da ditadura de Augusto Pinochet, no 51º aniversário do golpe de Estado contra o governo da Unidade Popular.
A manifestação começa na Plaza de los Héroes, na Avenida Alameda, passará pelo Palacio de La Moneda, a sede da presidência, e percorrerá vários quilômetros até o Cemitério Geral.
A mobilização de domingo foi convocada pela Coordenadora Nacional de Organizações de Direitos Humanos e Sociais e tem como slogan: "A impunidade de ontem é a causa das injustiças de hoje".
De acordo com relatos de várias Comissões da Verdade, o número total de vítimas do regime de Pinochet chega a mais de 40.000, incluindo os executados políticos, os desaparecidos, os torturados e os presos.
Por ocasião do 51º aniversário do golpe militar, o governo anunciou a decisão de levantar o sigilo do Relatório sobre Prisioneiros Políticos e Tortura.
Também conhecido como Relatório da Comissão Valech, em homenagem ao sobrenome do bispo Sergio Valech, que chefiou a primeira etapa das investigações, o documento reúne os depoimentos de mais de 35.000 pessoas que sofreram prisão e tratamento degradante.
Enquanto isso, no ano passado foi criado o Plano Nacional de Busca, uma iniciativa na qual o Estado, juntamente com organizações sociais e locais de memória, está empenhado em encontrar os lugares onde se suspeita que estejam os restos mortais dos desaparecidos.
De acordo com dados oficiais, um total de 1.469 pessoas foram detidas-desaparecidas ou executadas sem a entrega de seus corpos durante os 17 anos do regime militar de Augusto Pinochet (1973-1990), e o paradeiro de 1.100 ainda é desconhecido. (Fonte: Prensa Latina)