Foto tomada de Prensa Latina
Havana, 09 de setembro (RHC) O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, convocou a população a se mobilizar para condenar o golpe de Estado que está sendo tramado contra seu governo e para defender a democracia e a constitucionalidade do país.
A convocação do presidente ocorre poucas horas depois que ele mesmo tenha informado ao público que havia recebido um documento notificando-o de que sua imunidade constitucional havia sido retirada.
"Não aceito que, por meio de um documento de uma câmara de consulta do Conselho de Estado, que não tem força vinculante, o Conselho Eleitoral (CNE) tenha me tirado a imunidade constitucional que me protege", escreveu o chefe de Estado no X.
E acrescentou que a Constituição não permite que um órgão meramente administrativo e político, abra o caminho para suspender o presidente de suas funções por uma investigação sobre tetos financeiros de campanha sobre os quais não tinha jurisdição posteriores aos 30 dias da eleição de 2022.
Petro reiterou que, ao se livrar de uma penada da imunidade total do atual presidente, em um conceito não vinculativo, iniciou um golpe "estilo colombiano".
Afirmou também que, com os votos dos inimigos políticos do governante no CNE e, depois, na Comissão de Acusações da Câmara dos Deputados, buscarão destituí-lo do cargo sem ter cometido nenhum crime, sem nenhuma maldade, e assim zombar do voto popular em 2022.
A oligarquia colombiana, que não se cansa de ordenhar o país e transformá-lo em um dos mais desiguais e violentos do mundo, decidiu acabar com a pouca democracia estabelecida na Constituição de 1991 e quebrar suas regras, porque não suporta um presidente do lado do povo e não do lado de suas manobras mafiosas e assassinas, afirmou Petro.
E sentenciou que um golpe de Estado está sendo preparado pelos derrotados em 2022 contra a mudança na Colômbia e o voto do povo e, nessa situação, disse, não há outro caminho senão a mobilização popular generalizada.
"Zombar do voto popular só tem uma resposta: o povo. Convoco esse gigante adormecido, o povo colombiano: sua juventude, seus camponeses, seus trabalhadores, suas mulheres, para se mobilizar nas ruas contra o golpe de Estado", escreveu Petro.
Por meio de suas redes sociais, pediu a mobilização daqueles que votaram nele e também daqueles que não votaram, porque uma ruptura constitucional só traria uma marca de violência que duraria por gerações.
E acrescentou que não quer isso para seu país martirizado e que vem lutando há décadas por um caminho de transformações pacíficas, racionais e democráticas em favor do povo. (Fonte: Prensa Latina)