Nações Unidas, 12 de setembro (RHC) O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou a morte de pelo menos 18 civis como resultado de um ataque aéreo israelense a uma escola da ONU em Gaza.
Em um comunicado divulgado por seu porta-voz, o alto representante exigiu investigação independente e exaustiva.
O incidente deixou pelo menos seis membros da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (Unrwa) mortos, elevando para 220 o número de funcionários da ONU vítimas do conflito em Gaza.
"O fracasso contínuo em proteger efetivamente os civis em Gaza é inaceitável", disse Guterres, pedindo proteção para os civis e para a infraestrutura da qual dependem e para que as necessidades essenciais dos civis sejam atendidas.
O secretário-geral exortou as partes a que se abstenham de usar escolas, abrigos ou áreas vizinhas para fins militares.
"Todas as partes envolvidas no conflito têm a obrigação de cumprir sempre a lei humanitária internacional", ressaltou.
O ataque aéreo atingiu a escola de New Nuseirat, localizada no centro do enclave e atacada pela quinta vez desde o início do conflito. De acordo com as autoridades de Tel Aviv, o ataque tinha como alvo um centro de comando do Hamas dentro do prédio.
"As instalações da ONU nunca devem ser atacadas, nem devem ser usadas por qualquer grupo ou força para lançar atividades militares", disse o porta-voz de Guterres, Stephane Dujarric, na quarta-feira, em resposta a essas alegações.
Unrwa confirmou a morte de seis de seus membros, incluindo o diretor do abrigo e outros membros da equipe.
O ataque aéreo deixou o maior número de mortos entre os funcionários da Agência em um único incidente desde 7 de outubro (Fonte: PL)