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Havana, 23 de setembro (RHC) O segundo dia da Cúpula do Futuro apresenta hoje uma oportunidade para ampliar os debates sobre a necessária reforma global e seus desafios após a recente aprovação de sua declaração o Pacto para o Futuro.
Mais de cem líderes mundiais subirão ao pódio na segunda-feira para aprofundar nas ações necessárias exigidas pelas crises do século XXI.
O presidente angolano João Lourenço abre as discussões, às quais se juntarão outras figuras de alto nível, como o presidente iraniano Masoud Pezeshkian, o presidente chileno Gabriel Boric, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni e o presidente do governo espanhol Pedro Sánchez.
Para o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, a Cúpula do Futuro traça o caminho para uma cooperação internacional que atenda às expectativas do planeta. Guterres saudou as novas oportunidades de resgatar o multilateralismo do abismo após a aprovação consensual do Pacto para o Futuro.
Entre as principais vantagens estabelecidas no documento, reconheceu "o progresso nas reformas para que o Conselho de Segurança espelhe melhor o mundo atual, abordando a histórica sub-representação da África, Ásia-Pacífico e América Latina".
Ademais, estabelece as bases para uma Comissão de Construção da Paz mais ágil e uma revisão fundamental das operações de paz para alinhá-las com as condições que enfrentam.
O Pacto representa o primeiro apoio multilateral acordado para o desarmamento nuclear em mais de uma década, afirmou Guterres. E convocou as nações a tomarem medidas para implementar a declaração da reunião.
Por sua vez, o Ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, pediu maior vontade política para abordar as falhas estruturais e morais do sistema internacional que impedem o progresso em direção a um futuro justo.
"Os povos precisam de menos interferência e mais solidariedade; menos trocas desiguais e mais equidade; menos politização e padrões duplos e mais diálogo, cooperação e respeito pelo seu direito inalienável de escolher seu sistema político, econômico, social e cultural", disse.
Após dois anos de debate, a adoção do Pacto para o Futuro deu sinal verde ao ambicioso projeto da ONU para a reforma da governança global.
Apesar do otimismo em torno do texto, as principais vozes do organismo asseguram que a mudança real virá com as ações e a vontade política dos Estados, particularmente dos mais poderosos. (Fonte: Prensa Latina)