Hassan Nasrallah, líder da resistência libanesa.

Beirute, 28 de setembro (RHC) O líder político e militar Hassan Nasrallah morreu no sábado como símbolo da Resistência do Líbano, da Palestina e de toda a região árabe.

Uma ofensiva aérea israelense sem precedentes lançada sexta-feira à tarde contra os subúrbios do sul de Beirute matou o secretário-geral do Hezbollah, líder do Eixo de Resistência contra o projeto norte-americano-sionista no Oriente Médio.

À frente do movimento político e militar libanês desde 1992, Nasrallah e seus companheiros derrotaram o exército israelense nas guerras de 2000 e 2006 para expulsá-los do país.

Desde então, o estadista e pensador tem resistido a todos os ataques israelenses e, junto com seus homens, não abandonou a Síria e o Iraque na expulsão dos terroristas apoiados por Washington e o Ocidente.

Leal à causa palestina, Nasrallah superou todas as diferenças confessionais e estreitou os laços com os movimentos Hamas, Jihad Islâmica e Frente Popular de Libertação para fortalecer as capacidades e a unidade na luta contra a ocupação.

Desde 8 de outubro, Nasrallah liderou a frente de apoio a Gaza como parte da epopeia palestina Dilúvio de Al-Aqsa.

Em sua última aparição na televisão, no dia 19 deste mês, o chefe do Hezbollah afirmou: "nossa resposta é, em nome dos mártires e dos feridos, que a frente libanesa não vai parar até que cesse a agressão contra Gaza, independentemente dos sacrifícios, consequências, possibilidades e horizontes".

Ao denunciar a operação terrorista eletrônica israelense contra o país, Nasrallah destacou: "o inimigo israelense é tolo e estúpido por não compreender a profundidade moral do ambiente social que abriga a Resistência."

"Quando entramos neste conflito, apostamos no esforço, na luta e no desgaste, e até agora fomos vitoriosos muitas vezes", enfatizou.