xxxxx
Havana, 07 de outubro (RHC) Um total de dois mil 618 crimes eleitorais e 515 prisões, das quais 22 são de candidatos, foram registrados até agora pelos órgãos de segurança no primeiro turno das eleições municipais realizadas no domingo, no Brasil.
Os dados constam de um boletim parcial com informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que esclarece como foram registradas 1057 notificações de boca de urna e 423 de compra de votos ou corrupção eleitoral.
O balanço inclui 309 casos de propaganda eleitoral irregular, 203 de violação ou tentativa de violação do sigilo do voto e 64 de desobediência a ordens da Justiça Eleitoral.
Mais de R$ 520 mil (pouco mais de US$ 96 mil) foram confiscados e apreendidos 47 veículos identificados como sendo utilizados para o transporte irregular de eleitores, além de 28 armas de fogo.
As informações foram compiladas pelo Centro Nacional Integrado de Comando e Controle, sediado na capital, que é composto por órgãos de segurança sob a coordenação do Ministério da Justiça.
As equipes são da polícia Federal e da Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública, além de outras autoridades.
A expectativa é de que o balanço final seja divulgado nesta segunda-feira, quando as estatísticas serão concluídas por todos os órgãos estaduais.
Cerca de 156 milhões de brasileiros estavam aptos para eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores nos 5.569 municípios do país.
Essas eleições são cruciais porque permitem que os cidadãos influenciem diretamente as políticas locais e as questões que afetam suas comunidades, como transporte, saúde e educação.
Da mesma forma, são vistas como um termômetro político para medir o apoio aos partidos antes da eleição presidencial de 2026.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, apoiado pelo ex-presidente de ultradireita Jair Bolsonaro (2019-2022), buscará a reeleição no segundo turno, em 27 de outubro, contra o deputado Guilherme Boulos, candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Enquanto isso, o atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, foi reeleito para um quarto mandato após conquistar a maioria absoluta dos votos.
Paes venceu facilmente seu principal concorrente, Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência durante o mandato de Bolsonaro.
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Carmen Lúcia Antunes, comemorou a tranquilidade com que a sociedade foi votar e apontou, apenas como motivo de preocupação, uma taxa de abstenção que, em média, chegou a 21,71%, apesar de o voto ser obrigatório no Brasil. (Fonte: Prensa Latina)