Foto tomada de Telesur
Havana, 1º novembro (RHC) A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) alertaram sobre o perigo de fome nos próximos seis meses para centenas de milhares de pessoas na Faixa de Gaza, Sudão, Sudão do Sul, Haiti e Mali, portanto intervenções urgentes são necessárias para evitar mais mortes.
No total, 22 nações "enfrentam graves crises de alimentação" de novembro de 2024 a maio de 2025, devido a conflitos armados como os do Oriente Médio ou do Sudão, mas também "devido a pressões climáticas ou econômicas", diz o relatório sobre aspectos críticos da fome no mundo que as duas entidades da ONU publicam a cada seis meses.
As ameaças de fome são particularmente altas nos campos de refugiados em Zam Zam, no Sudão e na Faixa de Gaza. Enquanto isso, os grupos de deslocados no Haiti e no Sudão do Sul também enfrentam condições críticas, sendo algumas catastróficas, destaca o relatório.
De acordo com o documento, um dos lugares em que a situação está se deteriorando é o Oriente Médio, devido ao conflito com Israel em Gaza. Mais de um ano depois do início da ofensiva israelense, a população continua a passar por "necessidades sem precedentes e risco de fome".
Da mesma forma, "os níveis de violência e os problemas econômicos também aumentam" no território palestino ocupado da Cisjordânia devido à escalada do conflito no Líbano. Assim, sobe o número de pessoas que precisam de assistência humanitária e os níveis de insegurança alimentar são seriamente afetados.
O conflito no Sudão também leva a níveis contínuos de fome, agravados pela "crise econômica cada vez mais profunda e pelas restrições extremas" ao acesso humanitário.
Em maio deste ano, países como Quênia, Lesoto, Namíbia e Níger foram incluídos como focos de fome na lista e, até o momento, permanecem na lista junto com outras nações como Burkina Faso, Etiópia, Malaui, Somália, Zâmbia e Zimbábue. (Fonte: Telesur)