Foto tomada de Prensa Latina
Havana, 19 novembro (RHC) A Cúpula do Grupo dos Vinte (G20) divulgou na segunda-feira a Declaração Final da reunião de seus líderes na cidade brasileira do Rio de Janeiro, que condena o terrorismo em todas as suas formas e manifestações.
Os chefes de Estado das 19 maiores economias do mundo e os da União Europeia e Africana expressam no documento um sentimento de angústia em relação às guerras que estão sendo travadas no mundo.
"De acordo com a Carta da ONU, todos os Estados devem renunciar a ameaça ou o uso da força em busca de aquisição territorial contra a integridade territorial e a soberania ou independência política de qualquer Estado", afirma o texto.
A Declaração menciona os conflitos na Faixa de Gaza, no Líbano e na Ucrânia, destacando o "sofrimento humano e os impactos negativos" das guerras.
Sobre o conflito no Oriente Médio, os líderes do G20 enfatizam a "necessidade urgente de expandir o fluxo de assistência humanitária e fortalecer a proteção de civis, e pedem a remoção de todas as barreiras para a entrega de assistência humanitária".
A carta exige o direito palestino à autodeterminação e reitera o compromisso inabalável com a visão de uma solução de dois Estados, na qual "Israel e um Estado palestino vivam lado a lado em paz dentro de fronteiras seguras e reconhecidas, de acordo com o direito internacional e as resoluções da ONU".
Da mesma forma, os países do G20 expressaram seu apoio à tributação progressiva para que os ricos paguem impostos de forma mais efetiva e se comprometeram a continuar as discussões sobre a proposta brasileira para a possível criação de um imposto global aos super-ricos.
De acordo com o convite do Brasil, se os 3.300 multimilionários do mundo pagassem um imposto global equivalente a dois por cento de sua riqueza, poderiam ser arrecadados em qualquer país onde estivessem entre 200 e 250 bilhões de dólares anualmente, para financiar projetos de combate à pobreza, à fome e às mudanças climáticas.
Para os líderes do G20, a tributação progressiva é uma das principais ferramentas para reduzir as desigualdades, fortalecer a sustentabilidade fiscal, fomentar a consolidação orçamentária, promover um crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo e facilitar a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Na primeira sessão da reunião de segunda-feira, o anfitrião, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, abriu a Cúpula com a apresentação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
Na segunda sessão, Lula também defendeu a reforma das Nações Unidas para fortalecer o multilateralismo. (Prensa Latina)