Foto tomada de Internet
Havana, 06 de dezembro (RHC) O Mercado Comum do Sul e a União Europeia fecharam o acordo técnico que eventualmente levará a um acordo comercial entre dois blocos que têm um mercado potencial de mais de 700 milhões de usuários.
Assim o descreveu a presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, ao lado dos presidentes do Uruguai, Luis Lacalle Pou; da Argentina, Javier Milei; do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva e do Paraguai, Santiago Peña, cujos Estados fazem parte do bloco sul-americano.
Foi o prelúdio da 65ª Cúpula do Mercosul, na qual o Uruguai entregará a presidência pro tempore à Argentina.
Lacalle Pou e Von der Leyen consideraram que se trata de um dia histórico após 25 anos de negociações entre as partes.
Estamos enviando uma mensagem clara ao mundo cada vez mais conflituoso, disse a executiva da CE.
Somos parceiros com uma história e uma cultura entrelaçadas, e colocaremos a cooperação como uma verdadeira força motriz diante dos ventos que sopram em direção ao isolamento e ao confronto, disse a funcionária europeia.
Von der Leyen observou que o consenso implicará o respeito aos compromissos ambientais da Cúpula de Paris e enfatizou que as empresas e os investimentos terão de combater o desmatamento e respeitar o patrimônio natural.
O acordo comercial traz vários benefícios para os países do MERCOSUL, pois a Europa eliminará impostos sobre 70% dos produtos que exporta ao bloco sul-americano.
O acordo enfrenta dificuldades políticas devido à resistência de alguns países europeus, principalmente França, e às mobilizações de agricultores europeus que consideram o pacto prejudicial aos seus interesses.
A Comissão Europeia tem autorização dos parceiros da UE para fechar a negociação quando julgar conveniente, mas o acordo deve ser ratificado pelos parlamentos, incluindo o Parlamento Europeu.
Isto significa que há um longo caminho pela frente até a ratificação e a entrada em vigor, cujo primeiro passo firme fica registrado em Montevidéu, sede do Mercado Comum do Sul. (Fonte: Prensa Latina)