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Caracas, 08 janeiro (RHC) O Conselho de Administração da Assembleia Nacional (Parlamento) da Venezuela notificou o presidente Nicolas Maduro na quarta-feira sobre o início da nova sessão do órgão legislativo 2025-2026.
O presidente recebeu a comissão nomeada para cumprir a norma constitucional e os regulamentos internos desse órgão, composta por todas as forças políticas no Parlamento.
Maduro ressaltou que as instituições venezuelanas amadureceram em "um nível muito alto e o povo, em sua grande maioria, alcançou um nível altíssimo de maturidade para entender o mundo em que estamos vivendo".
Esta reunião é muito oportuna para revisar os eventos, as ações, as conquistas e o caminho percorrido e a ser percorrido, disse, e considerou a coisa mais preciosa no século 21 a construção da paz como o direito ao futuro, porque com ela "tudo é possível".
O presidente afirmou que em 2025 terão pela frente grandes desafios democráticos com a realização de nove eleições na Venezuela, um ano que será "talvez o ano da explosão democrática na história de nossa República".
"Este ano, observou, demonstrará que a soberania reside intransferivelmente no povo, que a exerce permanentemente".
O chefe de Estado lembrou o que aconteceu em 2015 com a tomada do poder pela direita na Assembleia Nacional e lamentou que a liderança política dessa oposição "não soube administrar o poder que o povo lhe deu com seu voto".
Disse que hoje as condições são diferentes, mas que a loucura e o ódio derivaram em fascismo. Contudo, "com paciência, serenidade e sempre remando para a frente, vamos derrotá-los novamente, porque este é um navio que está indo em direção a um destino melhor".
Maduro disse que a conspiração e o extremismo fascista são um grande negócio e rejeitou os planos da direita de querer repetir a história do novo Juan (Guidó), em referência a Edmundo González, a quem chamou de "um fantoche e uma marionete que não consegue nem andar" e previu que sua hora também chegará.
Anunciou que, assim que tomar posse em 10 de janeiro, o primeiro decreto que assinará será a criação de "uma ampla comissão nacional e internacional" para realizar uma grande reforma constitucional, com debate e diálogo entre todos os setores políticos, sociais, culturais e econômicos do país.
Indicou que a Assembleia Nacional será o epicentro desse grande debate para alcançar e movimentar as fibras democráticas, e disse que o objetivo da reforma será definir claramente o modelo de desenvolvimento venezuelano para os próximos 30 anos e "democratizar ao infinito a vida política e social" do país.
O objetivo, enfatizou, é transformar o Estado em um verdadeiramente democrático "das pessoas, para as pessoas, e com as pessoas, do povo, para o povo e com o povo". (Fonte: Prensa Latina).