Foto: PL
Havana, 12 de fevereiro (RHC) Mais de 90 palestinos morreram e outros 822 ficaram feridos em ataques israelenses na Faixa de Gaza desde o início da trégua, em 19 de janeiro, informou uma fonte médica.
O diretor geral do Ministério da Saúde palestino em Gaza, Munir al-Barash, disse que mais dois cidadãos foram mortos pela explosão de bombas enterradas nos escombros e 24 em decorrência de ferimentos sofridos durante a agressão.
Revelou que, desde o início do cessar-fogo, as equipes de resgate recuperaram 641 corpos, incluindo 197 que ainda não foram identificados.
As autoridades do território calculam o número de mortos em mais de 48.000 desde o início do conflito em outubro de 2023, enquanto o número de feridos subiu para mais de 111.000.
A trégua de seis semanas começou em 19 de janeiro, durante a qual 16 israelenses e cinco tailandeses foram colocados em liberdade pelas milícias em troca de 583 palestinos, muitos dos quais estavam cumprindo penas de prisão perpétua.
No entanto, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ameaçou na terça-feira reiniciar a guerra na Faixa de Gaza se o Movimento de Resistência Islâmica não libertar todos os prisioneiros até o meio-dia de sábado, violando os acordos firmados.
"Se Hamas não devolver os sequestrados vivos antes do Sabbath (como os judeus chamam o sétimo dia da semana), lutaremos novamente", disse Netanyahu em um vídeo no final de uma reunião do gabinete de segurança para discutir a trégua e o avanço para uma segunda fase.
A mídia israelense informou que o endurecimento da posição do governo está ligado ao apoio dado pelo presidente dos EUA, Donald Trump durante a recente visita de Netanyahu a Washington.
Trump não apenas pediu a exclusão dos palestinos do enclave costeiro, mas também ameaçou "desencadear o inferno" em Gaza se a milícia palestina não libertasse todos os prisioneiros israelenses até sábado, o que não estava previsto nos acordos de trégua. (Fonte: Prensa Latina)