Barbados defende unidade entre Caribe e África para enfrentar os desafios

Editado por Irene Fait
2025-02-15 17:17:31

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primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley.

Addis Abeba, 15 de fevereiro (RHC) A primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, defendeu no sábado a união do Caribe e da África, necessária para enfrentar os desafios geopolíticos, climáticos e econômicos, bem como a reparação de injustiças históricas.

Mottley, falando na 38ª Sessão Ordinária da Assembleia de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, lembrou o espírito profundamente enraizado das tropas etíopes que, em 1º de março de 1896, em Adwa, derrotaram mais de 20.000 membros das forças invasoras italianas.

"Estou aqui ciente de que foi essa batalha que forjou os primórdios do pan-africanismo que, por fim, levou ao movimento pela independência e à destruição das potências coloniais para nos dar não o pleno desenvolvimento e poder, mas os primeiros passos da independência política", afirmou.

Mottley destacou que participa da reunião como filha da África e também como uma orgulhosa primeira-ministra de Barbados e presidente da CARICOM (Comunidade Caribenha) reconhecendo que, como membro da VI Região  da África “estamos aqui para reivindicar nosso destino atlântico.

"Estou aqui também como presidente do Fórum de Vulnerabilidade Climática (CVF-V20), 70 países em todo o mundo vulneráveis ao clima, 40% dos quais são deste grande continente da África, reconhecendo que somente por meio da união podemos enfrentar a crise existencial de nossa geração, a crise climática", continuou.

A chefe de Governo de Barbados disse que, apesar da independência política, o continente sofre com conflitos nascidos de diferenças étnicas, nascidos de uma apropriação insana de recursos, não invariavelmente para nosso próprio benefício, mas para o benefício de outros que buscam usar o povo como peões para determinar seu próprio futuro.

Ela ressaltou que foi a União Africana, sob a liderança do então presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, e com a ajuda do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que reconheceu a marginalização do Caribe pela negação do acesso a terapias básicas, equipamentos médicos e vacinas.

Foi com a solidariedade de muitos de vocês da União Africana que a Iniciativa de Bridgetown conseguiu criar raízes e defender um sistema mais moderno e mais justo que nos permita ter acesso ao financiamento e ao mundo, acrescentou.

Considerou que a justiça e as reparações que se pedem à comunidade internacional são para que possa reconhecer antes de tudo esse apelo para nossos filhos e dizer que realmente sinto muito.

As reparações que exigimos devem ser para o acesso justo, o desenvolvimento e a compensação, porque cada um de nós começou a viagem rumo à independência com um déficit crônico, déficit de recursos, um déficit de justiça, um déficit de oportunidades. (PL)

 



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