Noboa x González, debate presidencial tenso no Equador

Editado por Irene Fait
2025-03-24 17:26:34

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Foto: PL

Havana, 24 de março (RHC) Os candidatos à presidência do Equador, Luisa González, da Revolução Cidadã (RC), e o presidente Daniel Noboa, participaram de um tenso debate antes do segundo turno das eleições.

“Tudo o que o candidato Noboa diz é mentira e ele não vai fazer”, González iniciou sua primeira intervenção no confronto, enquanto seu oponente afirmou que não iria “defender histórias antigas, de narcopolítica e corrupção”.

Nesse contexto, a representante do CR propôs declarar as escolas como zonas seguras, com vigilância por vídeo e patrulhamento permanente, gerar dois milhões de empregos para garantir as afiliações e a sustentabilidade da previdência social e construir novos hospitais.

Em termos de segurança, defendeu o uso de toda a força do Estado para reprimir criminosos, assumir o controle de portos, aeroportos e fronteiras, combater o enriquecimento ilícito e a lavagem de dinheiro, fortalecer as forças da lei e da ordem e a cooperação internacional.

Ofereceu reduzir o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que o atual presidente aumentou de 12 para 15%, e reativar o investimento público eficiente.

Já o atual presidente, que está buscando um mandato completo, prometeu trabalhar na infraestrutura educacional, oferecer bolsas de estudo, ensino superior telemático e eliminar a corrupção no sistema de saúde pública por meio de ferramentas tecnológicas.

Além disso, Noboa garantiu que não aumentaria a idade de aposentadoria e ofereceu bônus aos empresários para impulsionar a economia.

Em termos de segurança, propôs a cooperação internacional com países como Estados Unidos, França, Itália e Espanha, a reforma do Código Penal, a elaboração de uma nova Constituição e a reintegração de uma base militar dos EUA em território nacional.

Para gerar empregos, ele disse que assinaria acordos e tratados de livre comércio e forneceria créditos “a uma boa taxa de juros” para aqueles que criassem empresas.

Na questão econômica, há uma clara divergência: enquanto González está comprometido com o fortalecimento do aparato estatal como a força motriz da economia, o presidente está comprometido com o setor privado.

Durante o debate, González marcou o ritmo com perguntas que colocaram Noboa em evidência, como quando lhe perguntou se ele cobraria as dívidas das empresas familiares no valor de US$ 94 milhões e ele respondeu “Não”.

Da mesma forma, revelou as relações da empresa Noboa Trading e da chefe do movimento governista Ação Democrática Nacional (ADN), María Moreno, com o narcotráfico e, embora o governante tenha afirmado não ser o proprietário da empresa, reconheceu que a mesma pertence a seus parentes, que colaboraram com a Procuradoria Geral da República nas investigações.

Por outro lado, a candidata do RC afirmou que reconhecerá o governo de Nicolás Maduro, com quem dialogará para devolver os migrantes venezuelanos desempregados que cometeram atividades ilegais.

A candidata presidencial criticou seu rival por seus constantes maus-tratos às mulheres e, nesse sentido, esclareceu que com ela está muito enganado.

"O senhor está acostumado a humilhar e maltratar as mulheres, desde sua filha, sua ex-mulher, a vice-presidente, a ex-ministra. O senhor me responda com argumentos técnicos", insistiu.

Mais de 13,7 milhões de equatorianos elegerão em 13 de abril o próximo presidente entre Noboa e Gonzalez, quem, segundo as pesquisas, é a favorita. (Fonte: Prensa Latina)



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