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Tegucigalpa, 09 abril (RHC) A presidente de Honduras, Xiomara Castro, defendeu na quarta-feira, em Tegucigalpa, o fortalecimento da unidade da América Latina e do Caribe, ao abrir a reunião de cúpula dos 33 países da região.
Em seu discurso na 9ª Cúpula de chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), Castro afirmou que o principal mecanismo de acordo político deve ser uma ferramenta para a emancipação, cooperação soberana e autodeterminação dos povos.
A primeira mulher presidente dessa nação centro-americana pediu a seus colegas da organização, dez presentes em Tegucigalpa, que não saíssem dessa assembleia sem debater a nova ordem internacional que, denunciou, está sendo imposta pelos Estados Unidos.
Pediu que se debatesse durante o fórum as políticas tarifárias e migratórias impostas à América Latina pelo governo de Donald Trump.
Não podemos continuar caminhando separados quando o mundo está se reorganizando sem nós, mas também não podemos nos unir repetindo as receitas fracassadas do passado, enfatizou a chefe de Estado, que na quarta-feira entrega a presidência pro tempore da CELAC à Colômbia.
Fazendo um balanço do ano de trabalho realizado por Honduras à frente do órgão regional, ela disse que a Comunidade foi fortalecida com inúmeras iniciativas para o bem-estar de seus povos.
"A CELAC não é uma organização perfeita, mas é nossa, nasceu de um sonho, de um ideal e de uma utopia de nossos libertadores e de nossos heróis", ressaltou.
Durante seu discurso, a presidente condenou "o bloqueio cruel e desumano que os Estados Unidos impuseram por mais de 64 anos ao heroico povo de Cuba" e exigiu que a comunidade internacional detivesse a agressão contra o povo da Palestina.
Da mesma forma, reivindicou a proclamação da América Latina e do Caribe como zona de paz.
"Tudo é presente, tudo é futuro, hoje entregamos a responsabilidade, e com a cabeça erguida, a presidência pro tempore da CELAC ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro", observou.
Garantiu que, sob a liderança de Petro, o maior bloco da região não apenas superará os desafios, "mas manterá vivos os sonhos pendentes dos revolucionários: Zapata, Bolívar, Morazán, Martí, Fidel, Allende, Chávez e Sandino e dos povos que nunca se rendem".
"Viva a integração, viva nossos povos, viva a CELAC, proibido esquecer que somos resistência", aclamou Castro. (Fonte: Prensa Latina).