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Havana, 14 de abril (RHC) O Equador tem um presidente reeleito, Daniel Noboa, em meio a denúncias de fraude por parte da Revolución Ciudadana (RC), o movimento político da candidata Luisa González.
De acordo com dados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Noboa, filho do homem mais rico do Equador e líder do movimento governista Ação Democrática Nacional (ADN), venceu a eleição por mais de 10 pontos percentuais de vantagem sobre González.
Com 92,66% dos votos apurados, Noboa tem 55,83% dos votos, e sua rival 44,17%.
Nem as pesquisas de opinião, nem os analistas esperavam esse resultado; as previsões indicavam que a eleição seria apertada.
Diante desses números inesperados, González não reconheceu os resultados e alegou que houve fraude no registro dos votos para beneficiar Noboa contra a vontade do povo.
Diante de apoiadores, domingo à noite, González lembrou as irregularidades no processo que, em sua opinião, justificam a fraude, entre elas a recusa do presidente em solicitar a licença correspondente para os funcionários que aspiram à reeleição.
O secretário executivo da RC, Andrés Arauz, denunciou a publicação das atas sem assinaturas para apoiar os resultados, o que constitui uma irregularidade.
Em resposta ao anúncio de González de que pedirá a abertura das urnas para recontagem dos votos, a presidente do CNE, Diana Atamaint, afirmou que há recursos administrativos eleitorais contenciosos dentro da estrutura da lei.
A Organização Internacional Antifascista descreveu a fraude como um "ataque à vontade do povo".
De acordo com sua declaração, o processo eleitoral foi marcado por manobras autoritárias e repressivas de Noboa que contaram com apoio estrangeiro e táticas, que lembram "as ditaduras mais sombrias do século XX". (Fonte: Prensa Latina)