Havana, 7 de janeiro (RHC).- O presidente da França, François Hollande, condenou o atentado contra o semanário satírico “Charlie Hebdo”, em Paris, no qual morreram mais de dez pessoas.
Hollande, que visitou o lugar, disse que se trata de um ato de barbárie excepcional e afirmou que o país está em estado de choque. Revelou que nas últimas semanas tinham sido neutralizadas várias tentativas de ações semelhantes na França. Em novembro de 2011, a sede da revista foi atacada com bombas incendiárias depois de uma edição especial na qual satirizava o profeta Maomé, de quem já tinha veiculado várias caricaturas.
O atentado teve grande repercussão internacional. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, afirmou que foi um “ataque desprezível”. “Foi um crime horrível, injustificável e a sangue frio”, apontou. O presidente russo, Vladimir Putin, somou-se às vozes que condenaram o ataque e disse que foi um “crime sem escrúpulos”.
Em Paris, o presidente do Conselho Francês do Culto Muçulmano e reitor da Grande Mesquita dessa capital, Dalil Boubakeur, condenou a ação. “Um crime é um crime, e quero denunciar toda tentativa de vinculá-lo a minha religião, a meus correligionários e ao islã da França”, declarou Boubakeur aos jornalistas. Ele pediu castigo aos responsáveis.