Havana, 4 de outubro (RHC).- O presidente cubano, Raúl Castro, esteve ontem na cidade de Santiago de Cuba para conferir os preparativos feitos para enfrentar o furacão Matthew, de categoria quatro numa escala de cinco. Esta localidade e as demais da zona leste do país aplicaram nos últimos dias os planos de emergência estabelecidos, inclusa a evacuação massiva de pessoas que vivem em lugares de risco.
As operações incluem os moradores no litoral, alvejado por grandes ondas e penetrações do mar. Raúl, como presidente do Conselho de Defesa Nacional, percorreu bairros de Santiago e visitou o parque fotovoltaico, onde foram desmontados os mais de 10 mil painéis solares usados para gerar eletricidade. Também esteve na brigada militar da região e conversou com as tropas colocadas à disposição do Conselho Provincial de Defesa para casos de desastre natural.
No hospital Mariana Grajales, o presidente cubano recebeu uma explicação sobre as medidas tomadas para atender as eventuais vítimas do furacão Matthews, que atinge o leste de Cuba com toda sua força a partir desta terça-feira. O propósito é contribuir a preservar as vidas humanas em meio à situação complexa. Raúl Castro reconheceu o trabalho feito pelas autoridades locais e o apoio dado pelas Forças Armadas Revolucionárias.
Mais de 1.200 turistas foram retirados dos hotéis no leste de Cuba e levados a instalações de Cayo Coco e Cayo Guillermo, no litoral norte da região central do país. A operação teve o propósito de proteger suas vidas diante do risco que representam as fortes chuvas e ventos do furacão Matthew.
O fenômeno atmosférico atravessou o mar Caribe afetando várias ilhas, entre elas o Haiti e a Jamaica. Em declarações telefônicas, o embaixador de Cuba em Kingston, Bernardo Guanche, garantiu que os colaboradores cubanos que trabalham lá estão bem e dispostos a ajudar no que for preciso.
“Desde o começo coordenamos com as autoridades jamaicanas a partir do nível excelente das relações entre os dois países” para enfrentar este tipo de fenômeno natural, indicou o diplomata. “Colocamos à disposição do povo e do governo jamaicano nossos médicos e enfermeiras, que se mantêm em seus postos de trabalho”, apontou.