Havana, 24 de fevereiro (RHC).- O povo cubano participa neste domingo do referendo sobre a nova Constituição.
O texto foi aprovado em dezembro passado pelos deputados da Assembleia Nacional do Poder Popular, após modificações feitas levando em conta as opiniões dos cidadãos em reuniões de bairro e nos centros de produção e serviços. A carta Magna vigente data de 1976, e se tornou necessário adaptá-la ao novo contexto no país e no mundo.
O presidente Miguel Díaz-Canel foi um dos que votou cedo de manhã. Em declarações aos jornalistas, disse que a nova Constituição dignifica e enaltece o legado de Fidel Castro, do Herói Nacional José Martí e de Raúl Castro, e aprofunda os direitos dos cidadãos.
“Este 24 de fevereiro [e um dia que reafirma a continuidade. Com uma Constituição mais robusta que dignifica nosso país, uma Constituição de avançada. Hoje é um dia de reafirmação do nosso caráter socialista” apontou o presidente cubano. E acrescentou: “Esta Constituição é a que deixaremos a nossos filhos e netos”. Nesse ponto, ressaltou o papel e a participação dos jovens nos processos em curso no país.
Após depositar seu voto, Díaz-Canel explicou que o próximo passo caberá aos juristas e ao Parlamento, onde deverão ser aprovadas as novas leis que levarão à prática o que propugna a Carta Magna. Disse que o documento “formula um Estado socialista de direito que nos vai permitir destravar processos e avançar de uma maneira mais decidida na construção do nosso modelo econômico e social”.
O presidente cubano lembrou que 24 de fevereiro é uma data importante na história de Cuba. Mencionou que em 1895 foi retomada a guerra de independência contra o colonialismo espanhol, e em 1976 aprovou-se a primeira Constituição redigida depois da vitória da Revolução, sendo a primeira Carta Magna do país de teor socialista.